O Cazal da Bemposta é um espaço único. É um projecto familiar localizado no baixo Minho, onde podem gozar longos dias de tranquilidade, isolado no campo. Mas pode também aproveitar a proximidade às grandes cidades do litoral do Norte de Portugal e ficar a conhecer uma região tão rica e diversificada, em termos de cultura, natureza, história e etnografia.
As Origens
A Quinta da Bemposta é uma propriedade agrícola minhota tradicional, que se encontra nas mãos da mesma família há quase 500 anos. br>
No documento mais antigo de que dispomos, de 18 de Abril de 1595, os moradores no Cazal da Bemposta, celebram um contrato de emprazamento, prolongando um vínculo que vinha de 25 de Setembro de 1590. br>
Neste documento faz-se a descrição da quinta - duas casas cobertas a colmo, cozinhas, celeiro, curral, corte de gado, palheiro, vinha («bacelo») ...
A quinta da Bemposta é um espaço único.
Mantém a identidade de uma casa agrícola minhota, onde as vinhas e as hortas pontuam a paisagem, dominada por campos, debruçados uns sobre os outros, com pequenos muros a vencer os desníveis entre eles. br>
Outrora de milho, trigo ou centeio, os campos agrícolas são hoje poiso de arvoredo variado, que escoa até ao pequeno riacho e este, quase seco no estio, faz dos campos mais baixos o seu leito Invernal. br>
O casario está implantado no meio dos 18 hectares, embrulhado pelas árvores e envolvido pelos campos. Disfruta-se o sossego, a paz e o silêncio, apenas interrompido pelos sinos da igreja e, aqui e ali, pelos pássaros curiosos que nos vêm espreitar.
A evolução
Depois de centenas de anos a praticar a agricultura e a pecuária tradicionais, no século XX, a actividade da Quinta da Bemposta voltou-se para a produção de leite e para a viticultura. Foram construídas vinhas e vacarias e os campos dedicados à produção de forragem para o alimento dos animais. br>
Assistimos depois a um progressivo abandono das culturas e a uma degradação das instalações.
Suspensa a pecuária, uma das vacarias foi transformada num salão de eventos. Naquele espaço em que antes se produziu o alimento, passou a celebrar-se a família e a amizade. Numa segunda fase, o salão de eventos foi arrendado ao Teatro da Didascália, que se tornou assim um parceiro chave na evolução e no desenvolvimento da Quinta. Onde se celebrou a família e a amizade passou a viver-se a arte.
Persistimos na viticultura e iniciámos a reconstrução de duas vinhas. Mantivemos e recuperámos as hortas e pomares e os bucólicos caminhos que as penetram, a coberto das frescas ramadas de videiras, bordejadas aqui e ali por rosas, a flor preferida da avó Albertina. Nos campos, há muito que as árvores substituíram os cereais. Mantemos o bosque, com as suas clareiras, as cores, os cheiros, a vegetação, os pássaros, a tranquilidade...
Iniciámos em 2019 a recuperação do casario rústico, convertendo um barracão onde funcionou o alambique e onde estava a barra, numa confortável habitação com 3 quartos, ideal para uma ocupação familiar.
Em 2021, completámos a recuperação da casa da cozinha velha, preservando o que lhe é mais autêntico, mas dotando-a do conforto e exclusividade que tornarão a sua utilização especial.
Temos ainda um longo caminho a percorrer. A casa do caseiro, a casa da eira e a casa do palheiro serão alvo de recuperação... no momento certo, sem interferir com a calma e a tranquilidade que lá se vivem.
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